Classes de IP – Entenda isso e um pouco mais

Classes de IP - Redes de Computadores

Índice

  • Introdução
  • Endereçamento de Classe de IP
  • IPv4 vs IPv6
  • Plano de endereçamento IP
  • Gerenciamento de endereço IP (IPAM)
  • Conclusão

Introdução

Bem-vindo ao guia para entender e utilizar as Classes de IP. Um endereço IP (Internet Protocol) é um endereço exclusivo que identifica dispositivos em uma rede. Ele permite que os dispositivos se comuniquem entre si pela internet.

A história dos endereços IP remonta à década de 1970, quando a internet estava em seus estágios primitivos. Desde então, muitas versões de endereços IP foram introduzidas e, hoje, usamos IPv4 e IPv6. Compreender endereços IP é crucial para administradores de rede, profissionais de TI e qualquer pessoa que trabalhe com tecnologia.

Neste guia, abordaremos os fundamentos dos endereços IP e a importância de compreendê-los. Portanto, prepare-se e explore o mundo dos endereços IP!

Endereçamento de Classes de IP: compreendendo endereços IP nos velhos tempos

Antes que o Classless Inter-domain Routing (CIDR) ou em português: Roteamento entre Domínios Sem Classes, se tornasse uma realidade na década de 1990, os endereços IP eram classificados em três classes: A, B e C.

Então, o que é endereçamento IP por classe? É uma arquitetura de endereçamento de rede em que os endereços IP são agrupados em classes predefinidas, cada uma com seu tamanho de rede e tamanho de host.

Vamos nos aprofundar mais; existem cinco classes de endereços IP, com a classe A sendo a maior, seguida pela B, C, D e E. Para entender melhor as classes, uma rede de classe A usa o primeiro octeto como a parte da rede, enquanto o restante representa o host. Por exemplo, um endereço IP 1.2.3.4 é uma rede de classe A. Da mesma forma, a classe B usa os dois primeiros octetos como a parte da rede, enquanto a classe C usa os três primeiros octetos para o mesmo propósito. (Confira quadro abaixo)

Compreender como os endereços IP são classificados é essencial, pois nos ajuda a identificar partes de rede e de host. Em um endereço de classe A, o primeiro bit é sempre zero, o que significa que a parte da rede tem oito bits de comprimento, enquanto o restante dos bits representa o host. Em contraste, os endereços de classe B começam com 10, tornando a parte da rede 16 bits de comprimento. E na classe C, os dois primeiros bits são 11, tornando a parte da rede 24 bits de comprimento.

O quadro abaixo representa melhor a explicação:

  • Classe A — O primeiro octeto indica o endereço de rede e os três últimos octetos são a porção de host. Qualquer endereço IP, cujo primeiro octeto seja entre 1 e 126, é um endereço de Classe A. Observe que 0 é reservado como parte do endereço padrão e 127 é reservado para teste de loopback interno.
  • Classe B — Os dois primeiros octetos indicam o endereço de rede e os dois últimos octetos são a porção de host. Todo endereço cujo primeito octeto está no intervalo de 128 a 191 é um endereço Classe B.
  • Classe C — Os três primeiros octetos indicam o endereço de rede e o último octeto é a porção de host. O primeiro intervalo de octeto de 192 a 223 é um endereço de Classe C.
  • Classe D — Usada para multicast. Os endereços IP de multicast têm seus primeiros octetos na faixa entre 224 e 239.
  • Classe E — Reservada para uso futuro e inclui o intervalo de endereços com um primeiro octeto de 240 a 255.

Limitações antes do CIDR

  • A classe A comportava 16.777.214 hosts
  • A classe B comportava 65.534 hosts
  • A classe C comportava 254 hosts

Por isso é importante entender as classes IPs, uma empresa com mais de 300 computadores não pode utilizaqr uma estrutura tipo C.

Antes do CIDR, tínhamos classes definidas para averiguar as partes de rede e de host dos endereços IP. Mas à medida que a tecnologia avançou, o CIDR foi introduzido para permitir máscaras de sub-rede de comprimento variável e melhorar a eficiência da rede.

Confira essa aula do Hardware Redes Brasil sobre máscara CIDR

IPv4 vs IPv6

A principal diferença entre IPv4 e IPv6 é o espaço de endereçamento. O IPv4 usa endereços de 32 bits, enquanto o IPv6 usa endereços de 128 bits, permitindo uma grande expansão do número de endereços disponíveis. Além disso, o IPv6 inclui suporte integrado para segurança e qualidade de serviço, tornando-o superior ao IPv4 em muitos aspectos.

Vantagens do IPv6:

O IPv6 representa uma mudança em direção a uma internet mais eficiente e segura, com benefícios que incluem maior espaço de endereçamento, endereçamento simplificado e melhor suporte para redes móveis e sem fio. Ele também elimina a necessidade de tradução de endereços de rede (NAT), o que pode resultar em conexões mais rápidas e diretas.

Desafios na adoção do IPv6:

Apesar de suas vantagens, a adoção do IPv6 tem sido lenta devido a vários fatores, como o custo de atualização da infraestrutura, a resistência à mudança e a necessidade de compatibilidade com dispositivos IPv4 existentes. No entanto, à medida que o esgotamento dos endereços IPv4 continua, a adoção do IPv6 está se tornando cada vez mais necessária.

Plano de endereçamento IP e IPAM:

Para garantir o uso eficiente e eficaz dos endereços IP, é importante projetar cuidadosamente um plano de endereçamento que atenda às necessidades específicas de sua rede. Seja usando um esquema hierárquico ou plano, as ferramentas e soluções adequadas de gerenciamento de endereço IP (IPAM) podem ajudar a agilizar o processo, permitindo uma melhor alocação e rastreamento de endereços.

Gerenciamento de endereço IP (IPAM)

Gerenciamento de endereço IP (IPAM) é a prática de monitorar, planejar e gerenciar a utilização de endereços IP em uma rede. Em termos mais simples, é como tentar garantir que todos os membros de uma família tenham um endereço exclusivo que não se confunda.

Os benefícios do IPAM são muitos. Ele ajuda na utilização eficiente de endereços IP, garante a conformidade com os requisitos regulamentares, ajuda na detecção e correção de interrupções de rede e garante uma transição suave para novas tecnologias de endereçamento.

Existem várias ferramentas e soluções IPAM disponíveis no mercado hoje. Algumas das mais notáveis incluem Infoblox IPAM, SolarWinds IPAM e BlueCat IPAM, para citar algumas. Essas ferramentas não apenas ajudam no gerenciamento de endereços IP, mas também fornecem recursos avançados como rastreamento de IP, alocação de IP e gerenciamento de solicitações de IP.

Em resumo, o IPAM é uma prática crítica para qualquer organização que deseja gerenciar com eficácia seus recursos de rede. Ao implementar o IPAM, uma empresa pode garantir operações de rede contínuas, evitando conflitos de IP e lidando com novas tecnologias de endereçamento com facilidade.

Conclusão

Em suma, entender as classes e os endereço IPs são de vital importância para quem trababalha no mundo digitalmente conectado de hoje. O gerenciamento adequado de endereços IP permite a utilização eficiente dos recursos disponíveis e agiliza as operações de rede. No entanto, com o número crescente de dispositivos conectados à internet, o sistema de endereçamento atual, IPv4, está ficando sem endereços. O surgimento do IPv6 promete uma solução. Em conclusão, um padrão de endereçamento IP eficaz são essenciais para que as organizações maximizem os benefícios potenciais da conectividade.

Confira mais com essa excelente explicação do canal do Marcelo Rodrigues


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